Crise Energética

A CRISE

       O Brasil está enfrentando uma crise de energia. Isso significa que não há energia elétrica suficiente e que toda energia disponível deve ser usada de maneira inteligente. Essa crise representa uma etapa difícil na história do País. Sem dúvida, ela exigirá de todos nós atitudes especiais e um esforço de adaptação a essa nova realidade. Trata-se de uma crise grave mas superável, se você, sua família e todos os brasileiros se tornarem parte da solução. Para entender as causas da crise energética, é preciso conhecer um pouco sobre como a energia é gerada.

Como a energia é gerada
       Ao longo da História da Civilização, o homem sempre buscou formas de produzir e armazenar energia. Afinal, é graças a ela que é possível aquecer ambientes, cozinhar alimentos, fazer funcionar máquinas e criar mais conforto e até mais saúde. Na busca por melhores formas de energia, aprendemos a utilizar o fogo, o petróleo, a força das águas, o vento, o sol, gases especiais e até o átomo.
       Podemos dizer que as principais fontes de energia naturais conhecidas são: solar, eólica, fóssil, nuclear e hidráulica. Cada uma dessas fontes apresenta vantagens e desvantagens. De um modo geral, uma fonte é considerada viável quando:
       permite produzir energia na quantidade necessária para manter constância no abastecimento;
       o seu custo de produção é compatível com os benefícios que proporciona;
       os riscos para o meio ambiente são inexistentes ou pequenos, podendo ser controlados e monitorados.
       Quando a fonte conjuga esses fatores, diz-se que é capaz de oferecer “energia firme”.
       Para entender a crise de energia, é importante que você conheça as fontes energéticas e as vantagens e desvantagens de cada uma em relação à produção de energia elétrica.

FONTES DE ENERGIA
       Solar - A energia solar utiliza os raios do sol para a produção de energia elétrica. Embora seja útil e aplicável em diversas situações, a energia solar não é firme, pois não é possível prever com precisão se vai fazer sol ou chuva. Também não permite produzir em grande escala. Seu uso intensivo exigiria grandes extensões de terra para distribuição de painéis coletores, usados para captar os raios de sol e transformá-los em energia elétrica. As terras ocupadas por coletores não poderiam ser usadas para outros fins, como a agricultura. Ainda que a sua utilização em grande escala não seja possível, a energia solar é de fato uma alternativa energética. A Cemig está usando a energia solar para o atendimento à região rural, instalando sistemas em pequenas propriedades, escolas, centros comunitários e locais distantes da rede elétrica convencional. Em Minas Gerais, já existem mais de cinco mil propriedades contando com esse benefício.
       Eólica - A energia elétrica eólica é obtida a partir de um sistema de hélices que aproveita a força dos ventos. Mesmo com toda a tecnologia atual, não é possível prever a ação dos ventos e isso pode provocar falhas no abastecimento. Isso faz com que a energia eólica não seja uma energia “firme”, mas pode ser uma solução em condições geográficas especiais, em locais favorecidos pelos ventos, como o Nordeste do Brasil. A Cemig tem uma usina experimental em Gouveia, Minas Gerais, onde pesquisa essa fonte energética.
       Fóssil - A energia elétrica de combustíveis de origem fóssil é obtida a partir da queima de materiais vegetais decompostos, como o carvão, o petróleo, o gás natural e o xisto betuminoso. No Brasil, existem várias usinas de geração a carvão mineral e óleo combustível. Para ampliar a capacidade de geração de energia do País, estão sendo projetadas várias usinas térmicas a gás, também em Minas Gerais. Em Juatuba, a Cemig possui a usina termelétrica de Igarapé, que será ampliada e convertida para operar com gás natural. A energia fóssil é considerada “firme”, mas os recursos utilizados não são renováveis. Uma vez esgotados, não haverá mais possibilidade de utilização dessa fonte no planeta. Além disso, o impacto que provoca no meio ambiente para a sua extração deve ser cuidadosamente considerado.
       Nuclear - A primeira experiência nuclear foi feita em 1942, nos Estados Unidos. O processo utilizado atualmente é o de fissão do átomo. A energia nuclear é uma energia “firme”, mas sua implantação requer uma tecnologia sofisticada, exige grandes investimentos e envolve sempre grandes riscos para o meio ambiente.
       Hidráulica - A energia hidrelétrica é obtida a partir do aproveitamento da força das águas. Para isso, é necessário construir uma barragem em um rio e acumular água em grande quantidade em um reservatório. A água é conduzida por um túnel e faz girar as turbinas, produzindo eletricidade. A partir daí, a eletricidade é transportada às subestações por meio de linhas de transmissão. Das subestações, a energia chega aos consumidores por meio de linhas de distribuição. De todas as fontes de energia, a hidrelétrica é a mais importante para o Brasil, onde quase 100% de toda a energia vem de usinas hidrelétricas. Infelizmente, aproximadamente 18% dessa produção acaba sendo desperdiçada por mau uso na cidade e no campo.
       Esse desperdício torna ainda mais grave uma situação de crise energética, como esta que agora afeta o Brasil.
       Agora que você conhece um pouco sobre as formas de produção, pode perceber que a energia do Brasil depende muito das usinas hidrelétricas. Essa dependência é uma das causas da crise, mas existem outros fatores que você precisa saber.

CAUSAS DA CRISE
A Crise de Energia tem quatro causas importantes:
      Redução de investimentos - Nos últimos anos, os investimentos em geração no Brasil não acompanharam o crescimento da demanda. A Cemig, no entanto, preocupada com o abastecimento de seu mercado, deu prioridade para a ampliação de seu parque de geração. No momento, a Cemig é a única empresa a fazer grandes investimentos em geração. Cerca de 2,3 bilhões de reais estão sendo aplicados, em parceria com a iniciativa privada, na construção de 8 usinas hidrelétricas e 1 térmica. Também está trabalhando na ampliação e conversão da Usina Térmica de Igarapé, que deixa de operar com óleo para produzir energia a partir de gás natural.
      Aumento da demanda - O Brasil é um país em desenvolvimento e no último ano registrou um crescimento de 4,5%. Mas o crescimento da capacidade de geração não foi proporcional. Isso significa que o Brasil precisa e gasta cada vez mais energia, mas a produção não cresce no mesmo ritmo, aumentando os riscos de faltar energia.
      Dependência de usinas hidrelétricas e de linhas de transmissão - Como dito, a dependência do Brasil em relação às usinas hidrelétricas é um fator agravante da crise. Hoje, elas respondem por quase a totalidade da energia consumida no País.
      É importante você saber que a energia produzida em um local pode ser transportada a outro local e isso é feito por meio de linhas de transmissão que funcionam como verdadeiras estradas para a eletricidade. No Brasil, nem todas as regiões estão interligadas, o que impossibilita um tráfego contínuo entre todas as regiões, como é o caso das regiões Norte e Nordeste, que não estão ligadas às demais. Em relação à Região Sul, o problema é outro. Embora esteja ligada ao Sudeste e ao Centro-Oeste, o sistema de transmissão limita o transporte da energia excedente gerada no Sul.
      Clima - Para que seja possível gerar energia nas usinas hidrelétricas é preciso que os reservatórios tenham volume suficiente de água para acionar as turbinas.
      Com a falta de investimentos na ampliação do parque gerador, as reservas de água das usinas em operação têm sido utilizadas de forma intensiva, reduzindo os níveis de armazenamento dos reservatórios. Isso aumenta a dependência por índices de chuva mais altos para recompor o volume de água dos reservatórios.
      Em abril de 2001, já no fim do período chuvoso, os reservatórios deveriam estar cheios, mas o armazenamento médio das represas da Região Sudeste foi de pouco mais de 30%.

MEDIDAS DE RACIONAMENTOS
      O racionamento vai exigir que você, sua família e seus colegas de trabalho organizem-se para uma nova realidade. A possibilidade de apagões existe ao longo da crise. Programem saídas e deslocamentos e combinem formas de manter contato. Os apagões também vão exigir cuidado extra com portas e janelas, especialmente se moram em casa. Alguns sistemas eletrônicos de alarme e segurança já contam com baterias com capacidade para suportar algumas horas sem energia. Mas outros, como as cercas elétricas, normalmente ficarão desativados. Adote medidas preventivas.

Outras medidas importantes em caso de apagão:
      Desconecte todos os aparelhos elétricos da tomada, especialmente os que estiver usando e que tenham risco de acidente, como ferros e fornos elétricos. Dessa forma, você terá a certeza de tê-los desligado e estará evitando riscos de graves acidentes quando o fornecimento de energia for normalizado.
      Mantenha em locais de fácil acesso lanternas, pilhas novas, fósforos e velas.
      Redobre o cuidado com as velas. Não deixe-as acesas em locais próximos de materiais de fácil combustão. O mesmo vale para lampiões e lamparinas. O melhor é colocar as velas em um prato com água e protegê-las do vento com vidro. Elas devem também ficar longe de produtos combustíveis, como álcool, querosene, gás, gasolina, tíner, latas de tinta, objetos de plástico e outros materiais que se queimam rapidamente em contato com o fogo. Mantenha fósforos, velas e lampiões longe do alcance de crianças. Certifique-se de apagar tudo ao sair do cômodo ou antes de dormir.
      Se decidir fazer uso de geradores, informe-se a respeito e leia atentamente o manual do fabricante. Antes de colocá-lo em funcionamento, chame um técnico para uma vistoria completa. Em caso de mau funcionamento, não tente qualquer intervenção. Busque orientação especializada.
      Em alguns locais ainda é comum encontrar ferros de passar roupa aquecidos com brasas. Se resolver colocá-los novamente em uso, muito cuidado com as brasas. Elas soltam faíscas que podem dar início a grandes incêndios. Além disso, o processo de queima do carvão ou da madeira para formar as brasas emite gases tóxicos que podem provocar outras formas de acidente. Assim, para evitar intoxicações, não deixe esses produtos queimando em ambientes fechados.
      Pode ser que o racionamento afete também a sinalização de trânsito.       
Se estiver dirigindo durante um apagão, feche os vidros do carro e mantenha as portas trancadas. Também é útil sintonizar o rádio e obter informações sobre os bairros onde a luz está ligada.

MEDIDAS DE ECONOMIA

      Aqui estão listadas informações sobre como reduzir o consumo de energia de sua casa ou de seu local de trabalho. Algumas dessas medidas são específicas para o período de crise, mas muitas são exemplos de uso racional e devem, a partir de agora, fazer parte do seu cotidiano.

Horário de ponta
      É muito importante a economia no horário de ponta, que é das 17 às 22 horas.
Poupando energia nesse período, você ajuda a diminuir o risco de apagão (também chamado de blecaute). Nesse horário, em geral, as pessoas estão chegando em casa e ligando todos os aparelhos: chuveiro, TV, ar-condicionado, microondas.... Esse comportamento coloca em risco todo o esforço de racionamento. No horário de ponta, as linhas ficam sobrecarregadas e o risco de apagão é sempre maior. A maneira certa de agir é reduzir ao máximo o consumo nesse horário e evitar ligar ao mesmo tempo aparelhos de alta potência, como chuveiro, ferro elétrico e ar-condicionado.

Lâmpadas
      Escolha lâmpadas fluorescentes, especialmente para a cozinha, área de serviço, garagem e locais que precisam de luzes acesas por mais de 4 horas. Além de consumirem menos energia, elas duram 10 vezes mais do que as lâmpadas comuns.
      Use mais iluminação natural e evite acender lâmpadas durante o dia.
Paredes e tetos de cores claras refletem melhor a luz e exigem menos iluminação artificial.
      Outra opção é a instalação de sistemas inteligentes de iluminação interna e externa, comandados por células fotoelétricas e sensores de presença.

Ferro elétrico
      Organize-se para que o ferro seja ligado apenas quando houver grande quantidade de roupa para passar e passe tudo de uma vez.
      Evite ligar o ferro nos horários em que muitos aparelhos estejam ligados. Ele sobrecarrega a rede elétrica.
      Siga as instruções de temperatura para cada tipo de tecido e passe primeiro as roupas mais delicadas, que precisam de menos calor.

Geladeira e freezer
      Ao comprar geladeira ou freezer, escolha modelos com o Selo Procel de Economia de Energia. Leia as instruções da etiqueta laranja que indica o consumo médio e lembre-se: uma geladeira eficiente significa redução na conta de luz.
      Não instale geladeira ou freezer perto de fogões, aquecedores ou áreas expostas ao sol. Ao redor, tanto do freezer quanto da geladeira, deixe um espaço mínimo de 20cm. E não utilize a parte traseira do refrigerador para secar panos e roupas.
      Regule o termostato de acordo com o manual do fabricante e faça degelo sempre que a camada de gelo atingir uma espessura de cerca de 1cm.
      A borracha de vedação da porta deve estar sempre em bom estado, evitando escape de ar frio.
      Não guarde alimentos quentes e use sempre recipientes com tampa.
      As portas não devem ficar abertas por muito tempo. Para isso, é bom organizar os alimentos para que fiquem acessíveis.
      As prateleiras não devem ser forradas com plástico ou vidro, porque dificultam a circulação interna do ar.
      Não desligue a geladeira ou o freezer à noite para ligá-los na manhã seguinte.
      Conserve limpas as serpentinas.
      Quando se ausentar por muito tempo, esvazie a geladeira e o freezer e desligue-os da tomada.

Televisão
      Não deixe a TV ligada se alguém não estiver assistindo. Não durma com a TV ligada, mesmo que use o timer. Porque, entre você dormir e o timer desligar a televisão, estará havendo desperdício de energia.

Chuveiro elétrico
      O chuveiro é um dos aparelhos que mais consomem energia. Evite seu uso entre 17 e 22 horas, que é o horário de maior consumo.
      Para economizar 30% de energia no aquecimento de água, deixe a chave na posição verão e feche a torneira para se ensaboar.
      Não tente aproveitar uma resistência queimada. É perigoso e provoca aumento de consumo.
      Limite seu tempo debaixo da água quente.
      O uso de energia solar para aquecimento de água é uma boa opção, especialmente em condomínios, hotéis, restaurantes e novas construções. Informe-se a respeito.

Ar-condicionado
      Escolha modelos com o Selo Procel de Economia de Energia. Essa garantia faz uma boa diferença na conta de luz, principalmente no verão, quando o ar-condicionado chega a representar um terço do consumo de energia da casa.
      Quando o aparelho estiver funcionando, mantenha as janelas e as portas fechadas.
      Lembre-se de desligar o aparelho quando o ambiente ficar desocupado.
      Evite o calor do sol no ambiente, fechando cortinas e persianas.
      Mantenha os filtros sempre limpos.
      Aproveite o período do inverno para suspender o uso do ar-condicionado.

Máquina de lavar roupa
      Economize água e energia lavando de uma só vez a quantidade máxima de roupa indicada pelo fabricante.
      Use as doses de sabão especificadas no manual da máquina e mantenha o filtro sempre limpo.
      É importante que você saiba que a crise não é apenas de energia elétrica. A redução do consumo de água e de alimentos jogados fora, a preservação do meio ambiente e a reciclagem do lixo estão interligados. Ao adotar um comportamento orientado pelo uso racional de todos os bens de consumo, você não está apenas ajudando a superar a crise de energia, mas evitando crises futuras e garantindo o bem-estar das próximas gerações.
Planos contra novas crises energéticas
Especialistas afirmam que não foi apenas a falta de chuva que causou a crise energética que o País enfrenta. A queda de investimentos do governo no setor, que até a década de 80 recebia em média US$ 13 bilhões e que nos anos 90 passou a receber apenas US$ 7 bi, e a predominância do modelo hidrelétrico de geração de energia são apontados pelos especialistas como a origem da crise, que não deve durar apenas este ano.
           O risco de racionamento é muito alto e será mais longo do que está se admitindo, afirma o diretor do Instituto Nacional de Eficiência Energética (Inee), Jayme Buarque de Holanda. Mesmo com com diversos projetos em andamento, a maioria das obras só deve entrar em funcionamento depois de 2002, ano em que provavelmente também haverá crise na produção de energia.
           A construção de usinas termelétricas é apontada como uma das maneiras de se diminuir a crise. Em 99, o governo lançou um programa de construção de diversas usinas, com o apoio da Petrobras, mas a falta de acordo sobre o preço do gás natural e mesmo a falta de peças no mercado internacional para a construção de tantas termelétricas emperrou os planos.
           Além das termelétricas, existem diversas opções no Plano Decenal da Eletrobrás 1999/2008, que faria com que a capacidade de geração de energia brasileira aumentasse de 68 mil megawatts para 104,6 mil. A melhoria da interligação das diversas regiões brasileiras também é apontada como uma das possíveis soluções, já que existe excedente na produção da região Sul, em especial na Hidrelétrica de Itaipu, e no Norte.
          Qualquer que seja o plano adotado pelo governo, inclusive se ele adotar todas as opções acima, o essencial é que as ações sejam tomadas rapidamente, de acordo com especialistas no mercado de energia. Caso contrário, o Brasil passará também em 2002 alguns ou vários meses no escuro, dependendo do humor de São Pedro.

O PLANO
O pacote de medidas de racionamento de energia passa a valer em 4 de junho só nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste:
APAGÕES
Vão depender do cumprimento das metas de racionamento e da melhora nos níveis de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas
METAS
O país terá de economizar 20% de energia elétrica durante o período do racionamento


RESIDÊNCIAS
Os consumidores acima de 100 kWh terão uma meta correspondente a 80% do consumo médio dos meses de maio, junho e julho de 2000, com um mínimo de 100 kWh.
Consumo igual ou inferior a 100 kWh estará isento da redução obrigatória de 20%
As contas mensais terão acréscimos diferenciados nas tarifas:
  • Consumo mensal até 200 kWh mantém a tarifa atual
  • Consumo entre 201 kWh e 500 kWh terá acréscimo de 50%
  • O consumo excedente a 500 kWh terá acréscimo de 200%
A receita obtida com o acréscimo será usada para pagar os bônus de economia para quem economizar além da meta, da seguinte forma:
  • O consumo até 100 kWh renderá bônus de R$ 2 por R$ 1     economizado
  • Consumo acima de 100 kWh dá direito a bônus de até R$ 1 por      R$ 1 economizado
Quem não cumprir a meta estará sujeito a corte do fornecimento por três dias na primeira vez e de seis dias em caso de reincidência
CONSUMIDORES DE BAIXA TENSÃO INDUSTRIAIS E COMERCIAIS
Terão meta correspondente a 80% do consumo médio dos meses de maio, junho e julho de 2000.
O consumo acima da meta, se não for compensado por economia anterior, será cobrado com base no preço do Mercado Atacadista de Energia (MAE) e sujeitará o consumidor a corte.
O consumo abaixo da meta poderá ser vendido pelo consumidor à distribuidora, pelo preço do MAE, ou acumulado para uso futuro.
CONSUMIDORES DE ALTA TENSÃO INDUSTRIAIS E COMERCIAIS
Terão meta calculada com base no consumo médio de maio, junho e julho de 2000.
Esta meta vai de 75%% a 85%, conforme o nível de tensão utilizado e o setor de atuação da empresa.
O consumo acima da meta, se não for compensado por uma economia anterior, será cobrado com base no preço do Mercado Atacadista de Energia (MAE), e o consumidor ficará sujeito a corte.
O consumo abaixo da meta poderá ser vendido pelo consumidor em leilões no MAE ou acumulado para uso futuro.
O consumidor poderá adquirir energia no MAE, aumentando a sua meta de consumo no mês.
CONSUMIDORES RURAIS
Terão meta de 90% (redução de 10%) em relação ao consumo médio registrado nos meses de maio, junho e julho de 2000.
O consumo acima da meta, se não for compensado por uma economia anterior (planos de racionalização já em aplicação, por exemplo), sujeitará o consumidor a corte.
CASOS ESPECIAIS
A CGCE expedirá diretrizes para as distribuidoras analisarem as situações excepcionais, como os de quem tem aparelhos hospitalares em casa e o das residências que estiveram fechadas (sem consumo de energia) em 2000.

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